quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Greve

Hoje, o País está em greve.
De manhã, após saida para o trabalho, o I. acordou-me e perguntou:então sempre vais levar o D. à escola?
Pois, já vou ligar para lá.
Liguei 2 vezes para o jardim de infancia.Da primeira x, a auxiliar da sala dele, tinha feito greve,
Da 2ª x, tinha tambem feito, a professora.
Então, que remédio, tive de ficar em casa com ele.Não me importo, porque embora esteja sol, está um vento frio que não se pode.
No entanto, à noite, tenho de ir para as aulas, porque na o.a., não se faz greve, disseram.

Nos ultimos dias, tenho sido confrontada com factos de pessoas que trabalham anos, 20, 25 anos para empresas, que ou requerem a insolvencia ou é requerida.
Sentem-se injustiçadas, mas como diz um colega meu, a vida não é justa, não existem maravilhas, nem contos de fadas.A vida real é assim.Mas não deixa de ser triste.

Recebi as fotos duma menina que é muito importante para mim.Pelos laços ligados de amizade, que fruiram ao longo do tempo e pelo facto de muito embora estarmos separados a 250 kms de distancia, continuam presentes na nossa vida, tambem com graças ás novas tecnologias.

sábado, 19 de novembro de 2011

Viagens

Ontem e hoje, foi um dia de despedidas.
A minha cunhada Vera foi viver para o Brasil, para o Estado da Rondonia.
Definitivamente, dizem.Talvez, tenho esperança que voltem.
Custa-me sempre despedir seja de pessoas, que não sei quando volto a ver, seja porque algumas, que faziam parte da minha vida trinta anos, sei que não volto a compartilhar da sua sabedoria, dos seus conselhos, dos seus abraços.
Em 2009, aquele ano horrivel para mim, perdi a minha Mãe.
Perdi tambem, a minha vizinha, um amigo, já de certa idade, com cancro, a minha madrinha de batismo, o meu padrinho, a minha Avó, a madrinha da minha avó, uma amiga da faculdade, e algumas outras pessoas que compartilharam comigo momentos bons e que me fizeram tão feliz.
Desde pequenita que aprendi o conceito da morte e aprendi a conviver com ele.
Sempre com dor que não se revelava momentanea, mas estranha, prolongada.
A minha Avó contava que a madrinha dela lhe disse, assim como à minha Mãe, que se existisse vida para alem da morte, ela lhe daria algum sinal, em sonhos.
Isso não aconteceu.
O que sonhava, por várias vezes, enquanto a minha Mãe era viva, era que ela morria; e acordava a chorar, cheia de dor de cabeça, de tão real que me parecia o sonho.

Não gosto de me desfazer de tarecos, carros, roupa, enfim, mas agora, quase com 36 anos, decidi que estava a meio da minha vida e que tinha de aproveitar alguma coisa; que não me adiantava guardar coisas, que não sabia se viria ou não a usar.Dessa forma, consegui ficar mais despreendida e leve, pois um dia, posso olhar para trás e pensar que pelo menos aproveitei alguma coisa de bom, que tinha, que me deixaram com amor, as pessoas que gostavam de mim.

Hoje em dia, os sentimentos mudaram.As pessoas, na sua maioria, só gostam de ver os outros infelizes, sem emprego, sem perspectivas, o que leva cada vez mais, aos casais novos, a divorciarem-se pelo mais leve motivo.

Espero que não seja o caso da minha cunhada e sobrinha, a quem desejo, do fundo do coração que sejam sempre felizes, nesta nova vida que decidiram tomar.


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Noticias

Era mesmo o que me faltava.Soube agora que o meu tesouro caiu na escola, outra x, sozinho e que, pela informação da professora, teria só uns arranhões na cara e que não valia a pena ir buscá-lo.
Ainda não o fui ver, porque tenho de sair para ir para uma formação e mesmo que o fosse buscar o I. não podia ficar com ele.
Estou aflita e sinto-me a "naufragar". A minha vontade era sair disparada e ir já, só vê-lo.Mas deixá-lo lá e ir embora?!No instante que se deparar comigo irá. com certeza, vir ter comigo, para eu o levar e eu não posso.
Que dor.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Amanhã, por esta hora, estou eu numa formação, que me irá enriquecer profissionalmente e culturalmente e empobrecer financeiramente, dada a distancia da minha casa ao sitio na qual se lecciona.
Depois conto o que aprendi ou quase tudo, o que para a maioria de voces é uma seca!!!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Não tenho sabido o que escrever aqui.
Por x assalta-me uma angustia, outras uma vontade de ser otimista.
Embora os sentimentos se confundam diariamente, nada afasta a minha vontade de vos relatar episódios que, no meu modesto parecer, sejam curiosos.

No passado fds, fui passar o dia de todos os santos ao sitio onde a maior parte das pessoas que têm entes queridos que já partiram, vão.
Acreditem que não há dia em que não me lembre Dela, mas não me sinto bem se não for lá periodicamente.
É um desabafo, uma homenagem, sei lá, pelo menos é que eu penso, acreditando que existam pessoas que entendam de maneira diferente.
Fui estar com a minha Madrinha de casamento, que era afilhada da minha Mãe de batismo e ela trata-nos sempre com aquele calor humano que a caracteriza, procurando sempre que nos sintamos bem.
Depois fui apanhar azeitonas e estava um calor sufocante, mas lá conseguimos trazer algumas para retalhar, passando o dia num instante.

Quando vinhamos do Ribatejo, chegamos ao Alentejo e começa a chover até cá abaixo.
Que diferença de temperaturas!Valeu-nos a todos uma gripe, que com um nimed se resolve, mas a eles não e era ouvi-los num queixume:
Pai: "Dói-me a cabeça, estou doente, dói-me a garaganta, acho que foi da lareira."
Filho: "Tambem estou doente, dói-me a barriga, não consigo comer a sopa, tenho sede.Mãe, dás-me um ice-tea?!"
"Deves", respondi, eu, "primeiro comes a sopa, fecha os olhos, assim não ves o verde e depois se comeres o segundo prato, dou-te um bocadinho".
"Não, quero assim grande como o copo do Pai, ele tambem está doente..........."
Ai, Céus...